Em entrevista coletiva concedida neste sábado (15) na sede do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) em Londrina, o coordenador do grupo no Paraná, promotor Leonir Batisti, disse que o habeas corpus concedido na noite de sexta-feira (14) pelo ministro do STF Gilmar Mendes ao ex-governador Beto Richa (PSDB) e demais 14 presos na Operação Radiopatrulha é "frustrante", mas adiantou que o Ministério Público vai recorrer.
Segundo ele, o Gaeco está finalizando denúncias baseadas na investigação que resultou no cumprimento de mandado de prisão dos 15 acusados de participar de organização criminosa que teria como objetivo fraudar licitação e desviar recursos do Programa Patrulha do Campo, do governo estadual, entre os anos de 2012 e 2014, ainda no primeiro mandato do ex-governador Beto Richa (2010-2018).
Sobre a decisão do ministro, Batisti sustenta que não houve distribuição da ação no STF e que o ministro Gilmar Mendes foi escolhido pela defesa do ex-governador porque já tinha uma posição conhecida publicamente sobre o caso. Na avaliação do procurador, trata-se de uma "estratégia altamente duvidosa em termos legais".