Mesmo sem uma resposta positiva do governo para o repasse de 0,08% da arrecadação da CPMF para os estados, os governadores deixaram a reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva otimistas quanto ao futuro das negociações no Congresso Nacional.
"Eu vejo uma tenra luz no fim do túnel da CPMF e vamos persegui-la da forma clara como estamos fazendo, discutindo com o governo e discutindo também com o Congresso Nacional", ressaltou o governador de Minas Gerais, Aécio Neves. O governador admitiu que o ministro da Fazenda, Antônio Palocci, ofuscou um pouco da luz, mas reconheceu que o governo deve ter cautela para manter o equilíbrio de sua política macro-econômica. "O presidente Lula é quem tem a compreensão maior do que nós estamos fazendo: a construção dessa unidade, dessa relação altiva, respeitável entre o presidente e os governadores", disse.
O governador do Amazonas, Eduardo Braga (PPS), disse que as discussões sobre o repasse da CMPF vão continuar agora no âmbito do Congresso. "Eu vi, nem que seja uma lamparina, mas eu vi uma luz no fim do túnel. As decisões de hoje apontam efetivamente para que a partir de 2004 os estados e municípios comecem a retomar as suas condições de investimentos que vão assegurar novos empregos e um novo aquecimento da economia brasileira", disse Braga.
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Caso as negociações sobre a CPMF também sejam difíceis com o Congresso, o governador Aécio Neves já admite que o repasse dos 0,08% seja feito de forma gradual.
Os estados não abrem mão de continuar negociando a proposta. "É claro que vamos continuar buscando o apoio das nossas bancadas para que possamos garantir um percentual desses recursos para investimentos nos estados e municípios. Esperamos que o bom senso continue prevalecendo", afirmou o governador de Goiás, Marcone Perillo (PSDB).
Informações Agência Brasil