A área econômica do governo vai liberar mais verbas para os programas de manutenção de estradas do Ministério dos Transportes. O dinheiro sairá da parcela do orçamento de custeio e investimentos que foi bloqueada no início do ano.
O desbloqueio será feito por determinação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que quer ver ''resultados concretos'' nas rodovias brasileiras até setembro. O total a ser liberado, porém, ainda está em discussão. Ontem, o ministro dos Transportes, Anderson Adauto, reuniu-se com seus colegas da Fazenda, Antônio Palocci, e do Planejamento, Guido Mantega.
O Orçamento da União prevê que, neste ano, o Ministério dos Transportes teria R$ 3,939 bilhões para seus gastos com investimento e custeio da máquina administrativa. Desse total, R$ 2,540 bilhões foram bloqueados, restando a Adauto uma verba total de R$ 1,399 bilhão.
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''Não estou falando nem da construção de novas rodovias, mas de cuidar do que já tem e que está cheio de buracos e sem condições de tráfego'', disse Adauto ao chegar para a reunião. ''E o presidente da República determinou que até o mês de setembro ele quer resultados concretos, ou seja, ele quer que a sociedade perceba que houve a intervenção de fato do Ministério dos Transportes nas estradas''. O programa prevê a recuperação de mais de 7 mil quilômetros de rodovias.
O secretário-executivo do Ministério dos Transportes, Keiji Kanashiro, disse que há pressa na liberação de recursos, pois em outubro começa a temporada de chuvas. ''Precisamos de R$ 2,5 bilhões este ano para recuperação, restauração, manutenção, projetos'', afirmou. A definição da cifra a ser desbloqueada envolveu uma longa discussão.