O depoimento do cabo da Polícia Militar Luiz Antonio Jordão ao delegado Gerson Machado, titular do 3º Distrito Policial em Curitiba, foi praticamente o mesmo prestado à CPI da Telefonia da Assembléia Legislativa, na última sexta-feira.
A informação é do advogado dele, Peter Amaro de Sousa, já que o delegado que preside o inquérito sobre os grampos no telefone da ex-secretária da Administração Maria Elisa Paciornik está proibido de prestar declarações sobre o assunto. O depoimento durou cerca de duas horas e não pôde ser acompanhado pela imprensa.
Segundo o advogado, o cabo - considerado peça-chave no caso dos grampos telefônicos no governo - reafirmou que havia uma sala no 4º andar do Palácio Iguaçu onde eram realizadas escutas.
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Disse também que havia grampos em comitês eleitorais de adversários e que não tem participação alguma na escuta telefônica da ex-secretária, porque foi afastado da Casa Militar em maio de 1999, e o grampo só foi verificado em outubro. No entanto, o delegado-geral da Polícia Civil, Leonyl Ribeiro, que concentra as informações sobre o caso, disse que o cabo Jordão não confirmou certas informações relativas à existência de grampos no Palácio Iguaçu.
O cabo Jordão chegou ao 3º DP, no bairro Mercês, escoltado por policiais. Ele recebe proteção 24 horas, e seu advogado também. O cabo desconfia que seu telefone esteja grampeado. Sousa afirmou que ainda não foi feita varredura para detectar ou não a presença de grampos.
Leia mais em reportagem de Maria Duarte, na Folha do Paraná/Folha de Londrina desta terça-feira