O secretário de Governo, José Cid Campêlo Filho, ficou indignado - e riu - da hipótese levantada pela CPI da Telefonia, de que o Palácio Iguaçu poderia estar monitorando ligações de veículos de comunicação. "É simplesmente ridículo. O governo do estado não tem condições de gravar conversas da imprensa no Paraná inteiro. Não temos a infra-estrutura que uma operadora telefônica teria para fazer isso", rebateu. Campêlo classificou as fitas encaminhadas à CPI da Telefonia como "uma barbaridade". "O governador Jaime Lerner (PFL) jamais permitiria uma coisa dessas".
Para o secretário, as denúncias de grampo têm a intenção de desmoralizar o governo. "Parece provocação, uma tentativa de jogar a imprensa contra o governo", reclamou. Campêlo afirmou que não adianta ficar pinçando informações por meio de escutas clandestinas. "Quem quiser monitorar a imprensa, é só comprar o jornal no dia seguinte", emendou.
O líder do governo, Durval Amaral (PFL) sustenta que as denúncias de grampos devem ser investigadas na esfera policial. Amaral defende que a comissão tem que se ocupar das apurações das denúncias feitas por usuários da telefonia fixa e móvel.