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Grampos: HSBC tem outra acusação de "arapongagem"

Redação - Folha do Paraná
31 mai 2001 às 21:20

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A acusação de espionagem do Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região Metropolitana não é a única contra o banco HSBC. Ele também responde a um processo movido por cinco pessoas (quatro delas ex-funcionárias do banco) que pedem US$ 18 milhões de indenização por invasão de privacidade. Os autores da ação denunciaram o departamento de inteligência do banco, que teria feito escutas telefônicas ilegais e violado seus sigilos bancários e fichas no Instituto de Identificação da Polícia Civil.

O motivo da vigilância exercida pelo HSBC contra seus ex-funcionários estaria ligado ao fato de que três deles, depois de se desligarem do banco, terem montado a empresa Real União Assessoria e Consultoria em Comércio Exterior Ltda, que tem escritório no centro de Curitiba. A direção do banco estaria desconfiada de que os ex-funcionários, que trabalharam no setor de câmbio do HSBC, recebiam de um colega informações privilegiadas sobre a cotação do dólar no mercado.

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"No procedimento, adotado pelo HSBC, ao promover levantamentos de dados a respeito das pessoas, jurídica e físicas, violou, de forma visceral, a intimidade, a vida privada e a imagem delas", diz o advogado Marlus Jorge Domingos, que defende os autores da ação. No processo que corre na 4ª Vara Cível de Curitiba desde novembro do ano passado, consta que o esquema de espionagem contra os autores da ação teria começado em maio de 1998.

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Um das provas levantadas é o relatório do ex-sargento da Polícia Militar do Estado Jorge Luiz Martins, que trabalhava no setor de inteligência do HSBC. Martins é o mesmo que assina os relatos sobre atividades de espionagem e grampo telefônico no Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região Metropolitana.


A ação mostra ainda que um policial federal, conhecido por Lazaretti, também participou do esquema de monitoramento dos ex-funcionários. Lazaretti e Martins respondiam ao ex-militar norte americano Lewis Keith, contratado pelo HSBC para comandar o setor de inteligência no Brasil.

Leia mais em reportagem de Dimitri do Valle, na Folha do Paraná/Folha de Londrina desta sexta-feira


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