"Juridicamente, não há nada que leve a cassação dele (Rodrigo Gouvêa)", afirmou um vereador à reportagem do Portal Bonde. Ele preferiu não ser identificado. A oposição tenta excluir mais dois parlamentares da votação (Roberto Fu e Ivo de Bassi), favoráveis a abertura da Comissão Processante. Advogados de Rodrigo Gouvêa levantaram a tese que ambos são testemunhas do processo e, por isso, não teriam direito ao voto. A Procuradoria da Câmara não concorda.
O atraso para a votação ultrapassa uma hora. A população que lota as galerias está impaciente e vaiam constantemente Rodrigo Gouvêa.
O corregedor Rony dos Santos Alves (PTB), que não pode participar da votação, acompanha tudo atentamente. Ele e Gouvêa trocaram cumprimentos e até chegaram a conversar. O petebista se defendeu da acusação do colega de plenário. "Os vereadores têm que entender que o trabalho da corregedoria não é conclusivo e nem condenatório. Há indícios de irregularidades, isso há. Por isso o pedido de abertura de investigação mais aprofundada", avaliou.
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"O vereador terá direito de ampla defesa. Não tem o que temer. Se ele estiver certo que não cometeu ilícito, então que prove", afirmou.
A Comissão Processante pode concluir os trabalhos até 90 dias, com direito de ampla defesa, convocação de testemunhas e colhimento de provas. A sessão de julgamento deve ocorrer dentro deste prazo. Após abertura da CP, apenas duas posições são válidas: cassação ou não do mandato do parlamentar.