O ministro da Educação, Fernando Haddad, reconheceu nesta segunda-feira (7) que tem conversado com os outros pré-candidatos do PT à Prefeitura de São Paulo e tem trabalhado por um "entendimento mútuo" até a data prevista para o processo de prévias da sigla, marcado para 27 de novembro. O petista disse ainda acreditar que, do ponto de vista programático, é possível criar uma união que possa evitar a realização da eleição interna.
"Enquanto nos preparamos para as prévias do dia 27, nós estamos conversando para tentarmos compor, inclusive incorporando os projetos que foram defendidos pelos outros pré-candidatos", afirmou Haddad. "E acho que, como aconteceu com o senador Eduardo Suplicy, que viu uma das suas teses contempladas, as pessoas vão, eventualmente, sentindo-se contempladas", disse. "Não custa nós fazermos um esforço de entendimento mútuo até o dia 27".
Ontem, o senador Eduardo Suplicy anunciou sua desistência da disputa interna ao ter recebido a promessa de que o seu programa Renda Cidadã será incorporado ao discurso do ministro, caso ele seja o candidato do PT à sucessão municipal. Haddad ressaltou que, do ponto de vista programático, os pré-candidatos do PT têm "total condição" de formar uma unidade partidária. "Nós estamos trabalhando, não necessariamente significa que isso vai acontecer, mas eu penso que é dever meu tentar buscar esse entendimento", afirmou.
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O ministro lembrou também que se reuniu, no último fim de semana, com os deputados federais Jilmar Tatto e Carlos Zarattini. No encontro, segundo Haddad, os pré-candidatos apresentaram algumas propostas as quais acreditam que são essenciais para o programa de governo petista. De acordo com ele, Zarattini insistiu na importância de uma administração pública mais transparente e na recuperação dos serviços públicos de saúde e educação.
Tatto, por sua vez, pregou uma clara política de aliança e um plano de governo que tenha como base os diagnósticos feitos pelas bases petistas. O ministro classificou as conversas com os pré-candidatos como "cordiais" e "produtivas", mas ainda não "conclusivas". "Nós temos de respeitar não só o tempo de cada um, mas também eventualmente a disposição de cada um de se manter até o final", disse. O ministro participou hoje de sabatina com militantes e simpatizantes do partido.