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Novo ministro

Imprensa internacional destaca perfil anticorrupção de Moro

Agência Brasil
02 nov 2018 às 12:03

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- Reprodução/Lula Marques
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A indicação do juiz federal Sergio Moro, que comanda as investigações da Operação Lava Jato, para o cargo de ministro da Justiça repercutiu na imprensa internacional, desde antes mesmo de Moro, aceitar o cargo, o que ocorreu ontem (1º). Jornais estrangeiros apontam que a indicação é uma sinalização de que o Brasil vai intensificar a luta contra a corrupção. Veículos também fazem críticas à conduta do juiz na Lava Jato, dizendo que as investigações teriam dado mais peso às acusações ao PT.


Moro assumirá o superministério da Justiça, que deverá englobar as áreas de Segurança Pública, Controladoria-Geral da União e Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).

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A indicação ganhou destaque em veículos como os americanos The New York Times e The Wall Street Journal, o inglês The Times, o espanhol El País, o francês Le Monde, a agência de notícias britânica Reuters, a empresa pública BBC e a agência americana Associated Press.

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Em artigo intitulado "O juiz brasileiro que condenou Lula aceita cargo na equipe de Bolsonaro", The New York Times mostra que o juiz é visto como agente importante de combate à corrupção, mas ressalta que na reta final das eleições, ações de Moro beneficiaram o então candidato Jair Bolsonaro (PSL). A Reuters também destaca que o juiz foi responsável pela prisão de Lula, rival do presidente eleito.

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No artigo "O novo líder do Brasil escolhe juiz anticorrupção como ministro da Justiça", The Wall Streeet Jornal afirma que "Moro estará em posição de ajudar a impulsionar as reformas estruturais. Mudanças que ele argumenta há muito são necessárias para combater as causas da corrupção".


O inglês The Times destacou o fato de Bolsonaro oferecer um emprego no novo governo "para o juiz anticorrupção, cuja investigação levou à prisão de seu rival político".

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Para o El País, a entrada de Moro no Executivo brasileiro marca "um antes e depois nas investigações da Lava Jato", que afeta "praticamente toda a classe política do Brasil".


A Associated Press destaca que a decisão "será aclamada por brasileiros ansiosos por uma repressão ao suborno, mas também [será marcada] por uma profunda polarização após uma campanha presidencial contundente".

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Para a emissora britânica BBC, a nomeação de Moro deve impulsionar as alegações de que a Operação Lava Jato teve "motivações políticas". A reportagem destaca a fala de Bolsonaro de que Moro é "uma peça muito importante para o governo dele". A BBC informa ainda que o presidente eleito está reduzindo o tamanho do governo por meio da criação de superministérios, juntando algumas pastas.


Já o jornal francês Le Monde faz um compilado de toda a equipe já anunciada por Bolsonaro no artigo "Brasil: militar, juiz anticorrupção, astronauta...Os futuros ministros do governo Bolsonaro".

Além de Moro, já estão confirmados no novo governo os ministros da Defesa (general Augusto Heleno), da Ciência e Tecnologia (o astronauta Marcos Pontes), o da Economia (Paulo Guedes) e o da Casa Civil (Onyx Lorenzoni).


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