Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Publicidade
Publicidade

Investigador afirma que HSBC pagava a policiais

Luciana Pombo - Folha do Paraná
25 set 2001 às 16:00

Compartilhar notícia

siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade

O promotor de investigações criminais, Fábio Guaragni, disse, durante a sessão da CPI da Telefonia, que bancos como o HSBC Bamerindus efetuavam a compra dos serviços da Polícia Militar e da Polícia Civil com o pagamento de supostas contribuições que eram repassadas a título de recibo de autônomos.

Indignado, ele falou que não se tratava apenas de uma contribuição. "Isso aqui é uma vergonha. Estas contribuições são claramente a compra da Polícia Civil e da Polícia Millitar por um banco privado. Não é uma contribuição. A ordem de serviço de segurança pública teve a prioridade invertida para serviços particulares", declarou ele, pedindo a imediata convocação de delegados de polícia, escrivães, agentes federais e policiais militares que teriam sido beneficiados.

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade


Guaragni foi destacado pelo Ministério Público para acompanhar os trabalhos da CPI. Após a conclusão do relatório final, os resultados serão analisados e uma denúncia poderá ser oferecida dependendo das provas levantadas.

Leia mais:

Imagem de destaque
Polêmica

Câmara aprova castração química para condenados por pedofilia

Imagem de destaque
Estratégia inovadora

Um sucesso, diz médico de Lula sobre procedimento na cabeça para evitar novos sangramentos

Imagem de destaque
LOA 2025

Alep adiciona oito mil sugestões populares ao orçamento do Paraná

Imagem de destaque
Ligação da PR-445 à BR-369

Previsto no Lote 4, Contorno Leste deve ficar para depois de 2030


"Temos que pensar como tipificar o crime. Mas para mim fica claro que todos os que receberam as contribuições podem ser responsabilizados por prevaricação", complementou ele. Além de receber recursos, alguns policiais civis e militares da ativa teriam ficado à disposição do HSBC para trabalhar na segurança interna, fazer investigações e cumprir mandados de prisão.

Publicidade


O coronel Sérgio Itamar Alves, comandante da Polícia Militar entre 1994 e janeiro de 1995, foi um dos depoentes nesta terça-feira. Ele confirmou que sabia da indicação do nome do ex-sargento Jorge Luiz Martins e outros quatros policiais militares do serviço reservado, para atuar na investigação de roubo e fraude de cartões magnéticos. O pedido teria sido feito pelo coronel Sérgio Malucelli, comandante do Policiamento da Capital (CPC).


"Fiquei sabendo que a equipe trabalharia por um tempo nestas investigações e depois retornaria para suas funções originais. Quando já estava na reserva é que fiquei sabendo que o sargento Jorge continuava fazendo trabalhos internos no banco", disse o coronel Alves, durante o depoimento.

Publicidade


Assumiram o comando da Polícia Militar posteriormente os coronéis César Mainguê, Luiz Fernando de Lara, Guaraci Moraes Barros e Gilberto Foltran (o último é apontado apenas como o coronel que assinou o despacho de expulsão do ex-sargento da corporação). "Exceto o coronel Foltran que não teve como ler o processo antes de assiná-lo, todos os outros tinham ciência da situação. Seria impossível que não tivessem", argumentou.


O deputado estadual Angelo Vanhoni (PT) pediu a imediata convocação de todos os comandantes citados e dos coronéis que no período foram responsáveis pelo CPC. O coronel Itamar confirmou que muitos bancos contribuiam financeiramente com a PM. Além do HSBC Bamerindus, alguns batalhões recebiam recursos financeiros da Caixa Econômica Federal e do Banestado. "Chegamos numa situação em que tínhamos alguns batalhões trabalhando praticamente a serviço de bancos", salientou ele.

A CPI recebeu um documento anônimo levando ao conhecimento dos deputados estaduais os nomes de pessoas que supostamente estariam envolvidas na liberação de dados da Receita Federal para o departamento de segurança do HSBC. Na carta, o denunciante diz que foi motivado por uma reportagem da Folha a contar o que sabia. Ele acusou os funcionários Roberto Leonel de Oliveira Lima (chefe da inteligência da Receita Federal) e o auditor fiscal Flávio Aires de enviar todas as informações de quebra de sigilo fiscal para o Banco Central e o HSBC. Os deputados vão investigar a veracidade da denúncia.


Publicidade

Últimas notícias

Publicidade
LONDRINA Previsão do Tempo