O juiz substituto Marcel Hoffmann decretou no início da semana, liminarmente, a indisponibilidade dos bens dos 21 citados na ação civil pública ajuizada pela Promotoria de Defesa do Patrimônio Público, pelo desvio de R$ 174,7 mil dos cofres públicos de Londrina. O juiz ainda determinou a notificação de todos os citados.
Segundo a denúncia, duas licitações para ''serviços gerais para instalação, montagem e desmontagem de colunas de sustentação de semáforos do tipo ciclo visual, a serem realizadas em cem cruzamentos na área central de Londrina'' teriam sido fraudadas na extinta Companhia Municipal de Urbanização (Comurb, hoje CMTU), em 98. As licitações teriam sido vencidas pela oficina mecânica J.L. Munhoz, de Cambé.
Além do ex-prefeito Antonio Belinati (sem partido), também tiveram os bens bloqueados, o deputado federal José Janene (PPB) e sua mulher Stael Fernanda Lima. Conforme a ação, de uma das licitações, em que foram repassados R$ 78,9 mil a J.L. Munhoz, R$ 50 mil teriam sido depositados na conta corrente de Stael Fernanda, no dia 17 de novembro de 98, um dia após o recebimento pela empresa cambeense.
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Segundo o MP, os R$ 50 mil teriam sido sacados por João Bosco, que era funcionário do escritório político de Janene, de 1996 a 1999. Em novembro de 2000, Bosco entregou ao MP, cópias de bilhetes com números de agências, contas e o nome de pessoas favorecidas com depósitos bancários, que indicariam uma movimentação superior a R$ 20 milhões.