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Justiça suspende sessão da Câmara de Mariluz

Dimitri do Valle - Folha do Paraná
08 jun 2001 às 09:42

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A desembargadora Regina Afonso Portes, do Tribunal de Justiça, concedeu no final da tarde de ontem liminar que suspende a sessão de hoje da Câmara de Vereadores de Mariluz. Na reunião, seria analisado o pedido de cassação do padre licenciado e prefeito do município, Adelino Gonçalves (PMDB). Ele é acusado de falta de decoro parlamentar por ter o nome envolvido em dois assassinatos. Gonçalves, que tem minoria na Câmara, nega os crimes.

No pedido de liminar, a defesa do prefeito sustenta que ele não poderia passar por um julgamento político enquanto a Justiça não decidir se o padre é ou não culpado pelas mortes do presidente do PPS de Mariluz, Carlos Alberto de Carvalho, o Carlinhos Gordo, e do vice-prefeito Ayres Domingues, assassinados no dia 28 de fevereiro deste ano. Padre Adelino está preso há cerca de 45 dias no Batalhão de Polícia de Guarda, em Curitiba.

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O advogado do padre licenciado, Cláudio Dalledone Júnior, diz que o processo de cassação instaurado contra seu cliente "não passa de uma tentativa de golpe antidemocrático de outros políticos, com o intuito de assumir o poder da cidade de Mariluz". Os defensores do padre já tinham solicitado à Justiça, em Cruzeiro do Oeste, o cancelamento das sessões da comissão processante da Câmara de Vereadores, mas o pedido foi negado, originando o agravo de instrumento impetrado na quarta-feira no Tribunal de Justiça.

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Dalledone entende que os vereadores da comissão processante nunca se interessaram em oferecer ao padre Adelino o direito de resposta em todas as fases do processo. "Isso é inconstitucional", afirma. O advogado lembra que a Câmara criou a comissão baseada na suposta confissão do ex-PM José Lucas Gomes, o pistoleiro que executou Carlinhos Gordo e Ayres Domingues. No primeiro depoimento, em 5 de março, Gomes apontou o padre Adelino como o mandante das mortes. Dois dias depois, recuou e disse que foi torturado para citar o nome do prefeito.

"Como é que a Câmara pode se basear na confissão de uma pessoa que mudou de depoimento?", indaga o advogado. "Não dá para tirar o mandato do padre Adelino porque o processo está sub judice. O caso é longo e precisa respeitar todas as fases processuais." O prefeito ainda aguarda uma manifestação do TJ sobre a possibilidade de aguardar o julgamento em prisão domiciliar, em Mariluz.


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