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Suspeitas

Laudo irregular aumenta desconfiança da CPI

Redação - Folha de Londrina
26 set 2003 às 21:25

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O único laudo do cadáver do ex-diretor da Banestado Leasing e ex-secretário de Esportes e Turismo Osvaldo Magalhães dos Santos tem uma série de irregularidades, de acordo com o deputado estadual Mário Sérgio Bradock (PMDB), relator da CPI do Banestado.

Alguns dados que constam no laudo, como cor de cabelo e altura, não bateriam com o físico de Osvaldo Magalhães, morto em acidente de carro em 7 de setembro de 1998.

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A CPI quer pedir à Justiça a exumação do corpo de Osvaldo Magalhães, já que surgiram dúvidas quanto à identidade do cadáver. Osvaldo Magalhães é acusado pelo Ministério Público estadual e federal de ter provocado prejuízo de R$ 400 milhões (a CPI calcula R$ 600 milhões) na Banestado Leasing, na época em que foi diretor, entre 1995 e 1996. Ele teria facilitado empréstimos para empresas sem garantia de pagamento.

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O acidente, no qual Osvaldo Magalhães dirigia um veículo Ômega que bateu contra um caminhão, foi bastante grave. O corpo dele ficou mutilado. Como o Instituto Médico Legal (IML) não conseguiu reconstituir a face dele, o caixão de Osvaldo Magalhães ficou lacrado durante o velório.

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''Não existem nem fotografias, nem ao menos tiraram impressões digitais do morto'', disse Bradock. Segundo ele, o laudo informa que o cadáver tinha cabelos grisalhos, sendo que Osvaldo Magalhães tinha cabelos pretos. Ele morreu com 38 anos. Outra falha, explica o deputado, é referente à altura. ''Pelas nossas informações, Osvaldo Magalhães tinha 1,62 de altura, mas o laudo informa que o cadáver tinha 1,74'', acrescentou.


A reportagem tentou confirmar com o IML se os procedimentos sugeridos por Bradock eram necessários. Um dos médicos consultados disse que a identificação só poderia ser feita por impressão digital. Outro afirmou que se algum conhecido faz o reconhecimento, não é preciso outros procedimentos. Mas nenhum quis dar informações completas por causa da repercussão do caso de Osvaldo Magalhães.

O diretor do IML, Carlos Elke Braga Filho, não atendeu o pedido para entrevista feito pela Folha. Na semana que vem, a CPI quer ouvir pessoas envolvidas na morte de Osvaldo Magalhães para elucidar as dúvidas. ''Também encaminhamos ofício pedindo informação à Polícia Rodoviária Estadual, ao Instituto de Criminalística, ao IML'', explicou o presidente da CPI, Neivo Beraldin (PDT).


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