Os procuradores da força-tarefa de investigadores da Operação Lava Jato apresentaram nesta terça-feira (6) denúncia contra dois empreiteiros acusados de repassar R$ 10 milhões em propina ao ex-senador Sérgio Guerra, falecido em 2010, e ao deputado federal Eduardo da Fonte (PP-PE) para barrar as investigações da extinta CPI da Petrobras, em 2009.
De acordo com a denúncia, Ildefonso Colares, ex-executivo da empreiteira Queiroz Galvão e Erton Medeiros, da Galvão Engenharia, participaram de uma reunião, na qual o valor foi oferecido. A investigação foi baseada nas delações premiadas do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e Alberto Youssef.
Segundo os investigadores, o relatório final da CPI não indiciou nenhum investigado das duas empreiteiras e concluiu que os indícios de irregularidades em refinarias da Petrobras eram inconsistentes.
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De acordo com o procurador Deltan Dallagnol, chefe da força-tarefa, a investigação mostra que parlamentares também podem agir para barrar investigações contra si. "A sociedade precisa ficar atenta, porque reações contra a Lava Jato já começaram e se fortalecerão, tanto mediante campanhas difamatórias como por meio de iniciativas legislativas.", disse.
O pagamento de propina para barrar as investigações da CPI da Petrobras também é investigado na ação penal em que o ex-senador Gim Argello responde na Operação Lava Jato.