O governador Jaime Lerner (PFL) prestou depoimento ontem no processo movido pelo diretório do PT em Curitiba, que acusa o Estado de uso da máquina administrativa durante a eleição para prefeito no ano passado. Lerner negou as acusações. Os petistas denunciaram na Justiça Eleitoral durante o segundo turno que Lerner teria obrigado funcionários comissionados a aderir à campanha do prefeito Cassio Taniguchi (PFL).
Por ter foro privilegiado, Lerner prestou depoimento em seu gabinete, no Palácio Iguaçu. Amanhã será a vez de Cassio prestar depoimento. O governador foi ouvido pelo juiz da 1ª Zona Eleitoral de Curitiba, Espedito Reis do Amaral. A imprensa não pôde acompanhar o interrogatório, que durou cerca de uma hora.
Segundo o PT, servidores teriam sido ameaçados de demissão, caso recusassem atender ao chamado para participar da campanha. "O Estado tem 30 mil servidores comissionados, o que dá um bom número de cabos eleitorais", disse o advogado do PT, Guilherme Amintas. No depoimento, Lerner, que está sendo defendido pelo advogado Olivar Coneglian, disse que não coagiu os comissionados a participar da campanha e disse que tudo não passa de intriga dos derrotados na eleição passada.