A Comissão Especial de Inquérito (CEI) da Câmara de Vereadores, criada para investigar supostas irregularidades na emissão de alvarás e habite-se pela prefeitura de Londrina, foi instalada oficialmente na tarde desta quarta-feira (23), durante reunião na sede do Legislativo.
Os vereadores decidiram, já no primeiro encontro, que a partir da próxima semana vão requisitar todos dos documentos que envolveram o processo de liberação do empreendimento Marco Zero, instalado na região Leste da cidade; como também das denúncias que apontaram a emissão de habite-se para supostas obras irregulares do jardim Colúmbia (região Oeste).
Composta pelos vereadores Jamil Janene (PP), que ocupa a função de presidente; Padre Roque (PR), escolhido como relator do grupo e Gustavo Richa (PHS), a Comissão volta se reunir na próxima segunda-feira (28), a partir das 14h30, com o presidente da Associação dos Moradores do Jardim Colúmbia, Juliano Dalto.
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Ele foi o autor das denúncias encaminhadas à prefeitura a partir de 2012 e recentemente ao Ministério Público, sobre irregularidades na liberação de obras no bairro, mediante possível favorecimento de fiscais do município.
De acordo com o presidente da Comissão, Jamil Janene, em relação ao empreendimento Marco Zero, além dos ofícios que serão encaminhados às secretarias de Fazenda, Obras e Meio Ambiente e ao Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Londrina (IPPUL), os vereadores também vão solicitar a colaboração do empresário Raul Fulgêncio, responsável pelo empreendimento, na liberação para análise da CEI de toda a documentação que possui acerca do complexo empresarial.
As atividades da Comissão prosseguem durante os próximos 90 dias e o relatório final deverá ser entregue no dia 7 de agosto (descontados os 15 dias de recesso em julho). O Regimento Interno prevê a possibilidade de prorrogação do prazo inicial por mais 45 dias, situação que será analisada no decorrer das atividades da CEI.