A maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) votou pela abertura de ação penal contra o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e a ex-deputada federal e atual prefeita de Rio Bonito (RJ), Solange Almeida.
Seguindo o voto do relator, ministro Teori Zavacki, os demais minsitros entenderam que há indícios de que Cunha recebeu US$ 5 milhões de propina por um contrato de navios-sondas da Petrobras.
Até o momento, seis dos 11 ministros da Corte aceitaram a denúncia contra Cunha e Solange. A sessão foi suspensa e será retomada na quinta-feira (3), com os votos dos demais ministros que compõem a Corte. Se o resultado for mantido, Cunha e Solange passarão à condição de réus no processo.
Leia mais:
Câmara de Londrina vota Orçamento e Plano Diretor em sessão extraordinária
Câmara aprova castração química para condenados por pedofilia
Um sucesso, diz médico de Lula sobre procedimento na cabeça para evitar novos sangramentos
Alep adiciona oito mil sugestões populares ao orçamento do Paraná
A defesa de Cunha argumentou que a investigação contra ele deveria ser suspensa porque ele é o terceiro na linha sucessória e que deve ser estendida a ele a regra que proíbe que o presidente da República seja processado por fatos estranhos ao mandato.
Por unanimidade, os ministros acompanharam o ministro Teori Zavascki, que disse que a restrição se aplica somente ao presidente da República eleito.
Os ministros rejeitaram outro pedido: para anular o acordo de colaboração de Júlio Camargo, que mudou a versão sobre o envolvimento de Cunha no esquema de corrupção.
Por unanimidade, os ministros concordaram com Teori Zavascki, que afirmou que não se pode confundir o acordo com o depoimento do delator. E completou que a delação em si não é responsável sozinha pelas acusações.
A maioria do STF considerou que as investigações sobre Cunha e Solange estão "umbilicalmente ligadas". (Com informações da Agência Brasil e G1).