O incêndio criminoso na Promotoria de Investigações Criminais (PIC) de Curitiba completa hoje um mês e a polícia ainda não apresentou o mandante do atentado. O incêndio destruiu provas, computadores e outros documentos recolhidos pelo Ministério Público em investigações sobre o narcotráfico e o crime organizado no Estado, além de outros 300 inquéritos criminais. A Divisão de Narcóticos (Dinarc) tem até a próxima quarta-feira para apresentar o relatório do inquérito do crime, além dos laudos periciais recolhidos pelo Instituto de Criminalística.
Anteontem, o terceiro dos principais suspeitos de envolvimento no incêndio, se entregou em Paranaguá, Litoral do Estado, para investigadores da Dinarc. O taxista Alexsandro Ribeiro, o "Magrão", teve prisão decretada na última quarta-feira. Ele estava desaparecido de Curitiba desde o último dia 19, quando seu nome foi citado no depoimento do disc-jóquei (DJ) Emerson Vieira, também suspeito de participação no crime.
Magrão foi encaminhado na tarde de sábado à Dinarc, onde prestou depoimento. O taxista já tem passagem pela polícia por homicídio culposo num acidente de trânsito e tráfico de drogas. Além dele, estão presos na Dinarc, o DJ Emerson Vieira e o segundo tenente Alberto Silva Santos.
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No sábado, além do depoimento do taxista, pelo menos mais uma prova que pode ser determinante nas investigações sobre o incêndio chegou à Dinarc: o Gol branco placa AXA 1960, de propriedade de Santos. A polícia suspeita que o carro, encontrado em Campo Grande (MS), foi utilizado na fuga dos incendiários. Segundo aponta as investigações até o momento, homens encapuzados renderam o vigia da PIC José Aparecido Serpa Nunes, espalharam gasolina na sala dos promotores e colocaram fogo no prédio. Os suspeitos teriam fugido no Gol. Apesar da proporção do incêndio, a polícia afirma que foram queimadas mais inquéritos criminais do que provas contra o narcotráfico no Paraná, que seria o principal objetivo do atentado.
A delegada-chefe da Dinarc Leila Bertoline garantiu que inquérito e laudo das investigações sobre o incêndio da PIC estará pronto em tempo hábil, porém afirmou que não pode fornecer mais informações sobre o caso até que ele esteja concluído. "Ninguém pode dar nenhuma informação sobre as investigações, pois foi decretado sigilo nos autos", ressaltou. Caso o relatório não seja apresentado, todos os acusados de envolvimento no crime que tiveram prisão preventiva decretada poderão se soltos.