Depois de passarem pelo Instituto Médico Legal para exames de corpo de delito, os mais de 500 manifestantes do Movimento de Libertação dos sem Terra (MLST) presos no ginásio Nilson Nelson, no centro de Brasília, vão assinar uma nota de culpa.
Na tarde desta terça-feira (06) membros do MLST promoveram um quebra-quebra na Câmara dos Deputados. Pelo menos 26 pessoas ficaram feridas no episódio. Um dos feridos, Normando Fernandes, do setor de coordenação de logística do departamento de Polícia Legislativa, está internado na UTI do hospital Santa Lúcia em estado grave.
Durante o quebra-quebra, os manifestantes destruíram janelas, portas e mesas. Uma estátua do ex-governador Mário Covas foi derrubada e arremessada. Os sem-terra também viraram um automóvel, que seria sorteado e estava no saguão da Câmara.
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Eles estão sendo indiciados como co-autores de uma série de crimes, entre eles formação de quadrilha, corrupção de menores e depredação do patrimônio público. Os 11 líderes do movimento que estão detidos na 2ª Delegacia serão considerados os autores.
A informação é do comandante do Policiamento Regional do Distrito Federal, coronel Antonio Serra. Segundo ele, foi tranqüila a noite no estádio Nilson Nelson, onde os integrantes do MLST ficaram detidos depois de manifestação na Câmara dos Deputados.
Serra afirmou que houve premeditação dos atos. "Nós temos informações de que esses atos foram premeditados", disse. Segundo ele, houve, inclusive, exibição de imagens "ensinando como fazer" e na segunda-feira houve uma reunião em Brasília para preparar a manifestação.
O Movimento de Libertação dos Sem Terra (MLST) que invadiu o Congresso Nacional é o mesmo que no ano passado realizou uma manifestação no Ministério da Fazenda para exigir o desbloqueio de R$ 2 bilhões do orçamento da reforma agrária. O movimento surgiu em agosto de 1997 e é formado por militantes de esquerda e por ex-lideranças do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Atualmente, o MLST é organizado principalmente no estado de Pernambuco, e tem representantes em Goiás, Minas Gerais, São Paulo e Maranhão.
Informações da ABr e Folhapress