O ministro do Planejamento, Guido Mantega, apresentou há pouco, em entrevista na Granja do Torto, o "Plano Brasil de Todos", documento que trata as difíceis estratégicas do governo para implantar um modelo de desenvolvimento sustentável no país nos próximos quatros anos.
"Em outras palavras, ele mostra o Brasil que queremos construir nos próximos quatro anos", disse Mantega. O documento traz as prioridades do Governo Federal para investimentos nos próximos quatro anos.
Segundo o ministro, uma das prioridades é reduzir a vulnerabilidade externa do País, com investimentos nas exportações e em obras de infra-estrutura.
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O documento também apresenta programas de desenvolvimento regional e a perspectiva de construção de um mercado de massa no Brasil, ou seja, a construção de uma sociedade que tenha um poder aquisitivo maior para assim consumir mais e estimular o círculo virtuoso na economia nacional.
"Essa uma das molas mestra para o desenvolvimento sustentável", afirmou.
Embora o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não tenha discutido com seu ministério a possível redução na taxa de juros a ser definida pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, Mantega reiterou que a meta do governo é criar as condições para que a taxa caia, assim que a inflação estiver sob controle.
"Não se fez qualquer discussão sobre juros, porque não cabe fazê-lo num fórum de ministros. O momento e a forma em que isso vai ocorrer é decisão autônoma do Copom", enfatizou Mantega.
Já o secretário-geral da Presidência da República, ministro Luiz Dulci, ressaltou que a Lei de Diretrizes Orçamentária (LDO) estima o crescimento econômico do país com a queda progressiva na taxa de juros.
De acordo com Mantega, a intenção do governo é que a taxa seja de 8,5% em 2004; 7,5% em 2005; 6,5% em 2006. "Há uma tendência declinante na taxa de juros para os próximos anos. Temos como meta criar as condições para que a taxa venha a cair tão logo a inflação esteja controlada", disse Mantega.