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Na contramão

Marina diz que Rede aprovará rejeição a doações privadas em suas campanhas

Agência Estado
09 jun 2015 às 15:11

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A ex-candidata presidencial Marina Silva repetiu que a proposta do seu projeto de partido, Rede Sustentabilidade, é se financiar com recursos públicos e de doações de pessoas físicas. Ela disse que em breve a Rede terá um congresso e disse não ter dúvidas de que essa proposta será aprovada formalmente.

Em debate após uma palestra que fez sobre sustentabilidade da Câmara Municipal de São Paulo, Marina ouviu um questionamento duro de uma simpatizante que criticou o fato de ela ter recebido através do PSB, no ano passado, doações de empreiteiras para sua campanha. Marina não respondeu diretamente, mas afirmou que a questão das doações individuais depende de um processo. "É um processo longo, educativo, difícil, mas é aposta que estamos fazendo. Não vamos ter fundo partidário, mas vamos ter um fundo voluntário. A Rede é uma tentativa de contribuir com esse debate."

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Marina reclamou que a Rede sofrerá com uma legislação criada para prejudicar novas legendas, já que os parlamentares que migrarem para a nova agremiação, segundo a legislação mais recente, não levarão tempo de TV e fundo partidário. Ela reclamou ainda que, quando da criação do PSD, de Gilberto Kassab, a "mais alta Corte do País", uma referência ao Tribunal Superior Eleitoral, possibilitou que a legenda ganhasse o tempo e o recurso dos novos filiados.

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Marina se disse esperançosa da criação formal da Rede. O grupo entregou recentemente as assinaturas de apoio que faltavam ao TSE e trabalha com a expectativa de receber a certificação de partido político até o fim deste mês. Em 2013, a Rede não conseguiu reunir as assinaturas necessárias para se tornar partido a tempo das eleições de 2014, levando Marina a se aliar ao PSB de Eduardo Campos.


Crise

Questionada sobre o momento de crise econômica e política, Marina disse que "não é o momento de tirar proveito da crise", mas defendeu um trabalho conjunto pelo País. Também fez uma recomendação indireta ao governo Dilma Rousseff na condução da economia. "Não é momento de ficar preocupado com popularidade, mas de recuperar credibilidade", afirmou.


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