A ex-senadora Marina Silva deve anunciar neste sábado (5), se vai se filiar a outro partido político e disputar a Presidência da República em 2014, após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) negar o registro a seu partido, Rede. Nesta manhã, o grupo da ex-senadora discute termos de um acordo eleitoral com dirigentes do PPS.
O governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), está a caminho de Brasília para se reunir com Marina nesta tarde e discutir a possível filiação dela ao partido.
Divisões profundas no grupo envolvido no processo de criação da Rede Sustentabilidade fizeram com que Marina adiasse a decisão de sair ou não candidata para este sábado. Assediada por outras legendas para disputar a Presidência, Marina viu a sua base rachar.
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Integrantes da Rede afirmam que nas consultas realizadas em reuniões e com uso de videoconferências a maioria dos "marineiros" optou contra a candidatura. Políticos profissionais envolvidos no projeto de criação da Rede, porém, a pressionam a disputar em 2014. O prazo final para filiação é este sábado.
A indefinição sobre o futuro deriva da própria forma de organização do grupo. Com militantes de variadas origens, a Rede tem como ideal o que chamam de "consenso progressivo", no qual os debates têm de resultar numa decisão unânime.
A primeira das reuniões para debater a possível candidatura, por exemplo, durou seis horas e se estendeu até a madrugada de sexta-feira. Foi entremeada por discussões ásperas e terminou longe de um encaminhamento. Irritado, o deputado Alfredo Sirkis (PV-RJ) discutiu com Marina e em texto publicado nesta sexta em seu blog classificou de "caótico" o processo decisório.
Na entrevista concedida sexta-feira para anunciar que "continua pensando", Marina afirmou que as discussões na Rede são "saudáveis" e que há um "manejo sustentável das ideias". Questionada se era possível chegar a uma decisão em dois dias de debate, Marina respondeu que "com sustentabilidade política fica mais fácil".