O ministro da Comunicação Social, Edinho Silva, se disse hoje "indignado" com as acusações feitas pelo presidente da UTC, Ricardo Pessoa, que em delação premiada teria apontado repasses irregulares à campanha pela reeleição da presidente Dilma Rousseff, e afirmou que toda a arrecadação eleitoral do comitê da petista foi feita dentro da legalidade.
Edinho foi o tesoureiro da campanha pela reeleição de Dilma. "Me causa indignação que o meu nome tenha sido envolvido em uma delação premiada. Me causa indignação o vazamento seletivo dessa delação premiada e me causa indignação a construção da tese de criminalização, também seletiva, das doações da nossa campanha, quando outras campanhas também receberam doações semelhantes, com o mesmo caráter", declarou Edinho, em coletiva ao lado do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.
"Ao longo da trajetória, nenhum empresário fez qualquer afirmação que insinuasse que os meus diálogos não tivessem ocorrido dentro da legalidade, com lisura e transparência", acrescentou o ministro. Ele destacou ainda que as contas de Dilma foram "rigorosamente auditadas e aprovadas por unanimidade" pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e que as contribuições feitas por Pessoa representam "apenas 2%" do total arrecadado na reeleição da petista.
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"Eu jamais tive qualquer diálogo com esse empresário que não fosse o diálogo que o tesoureiro de campanha tem, como os demais tesoureiros tiveram com ele. O que ele pactuou foram doações legais, dentro da legalidade", enfatizou o ministro.
Edinho criticou o que chamou de "vazamentos seletivos" do depoimento e disse que vai constituir advogado e pedir acesso à delação premiada de Pessoa. "Se confirmado o conteúdo divulgado pela imprensa - caso se confirmem as mentiras divulgadas -, eu tomarei as medidas judiciais em defesa da minha honra", rebateu Edinho. "O que farão cessar os benefícios decorrentes de uma delação premiada que não expressa as verdades dos fatos", concluiu.