Em entrevista ao jornal Brasil de Fato que será publicada na quinta-feira, o ex-ativista italiano Cesare Battisti disse que seu caso virou "moeda de troca" da política internacional e "munição" para atacar o governo brasileiro. E classificou a decisão do ex-presidente Lula de negar sua extradição para a Itália de "um ato de coragem".
"Se o Lula desse essa decisão antes iam em cima dele, porque me derrotar também é derrotar o Lula. Agora, o objetivo principal da direita brasileira, nesse caso, é afetar o governo Dilma."
Em outro trecho da entrevista, Battisti se diz "traumatizado" com a demora no desfecho de seu caso. Afirma até ter procurado um psiquiatra.
Leia mais:
Indiciamento de Bolsonaro alavanca outras candidaturas de direita no Brasil
Bolsonaro rebate Eduardo e, mesmo inelegível, diz ser 'plano A, B e C' para 2026
Sede da Câmara de Londrina será entregue dia 10 e vai receber posse, diz presidente
Deputados paranaenses confirmam emendas para o Teatro Municipal de Londrina
"É difícil falar disso, essa é a razão pela qual fiquei traumatizado e precisei de um psiquiatra. Só de ver alguma coisa que não tem muito diretamente a ver comigo eu já fico... meu coração dispara, já não me controlo, fico em um estado semiconsciente", contou. "Ontem, por exemplo, passou no SBT uma informação do Berlusconi com suas prostitutas. Só com o anúncio da notícia "Itália", eu fiquei assim . Fabricaram um monstro que não tem nada a ver comigo."
Battisti é acusado de assassinatos na Itália na década de 70, quando integrava o grupo Proletários Armados pelo Comunismo. Ele nega todas as acusações.