Do ponto de vista médico, o presidenciável Jair Bolsonaro está liberado para retomar sua agenda de campanha e participar de debates. O candidato do PSL recebeu, em sua casa, a visita de médicos do Hospital Israelita Albert Einstein na manhã desta quinta-feira, 18. Ele passou por uma avaliação, realizou exames e mostrou ter boas condições de saúde.
A equipe médica saiu sem dar entrevistas, mas divulgou um comunicado informando que Bolsonaro "apresenta boa evolução clínica, e a avaliação nutricional evidenciou melhora da composição corpórea, mas ainda exigindo suporte nutricional e fisioterapia".
Segundo o médico Antônio Macedo, o único "fator limitante" é a bolsa de colostomia que Bolsonaro ainda carrega. Mais tarde, o médico disse ao Estadão/Broadcast que uma eventual restrição para agenda externa "depende de como ele (Bolsonaro) se sente para ficar longo tempo fora do domicílio". Ou seja, a avaliação seria pessoal.
Leia mais:
Moraes baixa sigilo de inquérito de tentativa de golpe e encaminha para a PGR
CPI das Bets convoca Gusttavo Lima para depor sobre envolvimento com empresas de apostas irregulares
Assembleia Legislativa do Paraná aprova distribuição de medidor digital de glicose
Bolsonaro ensaia defesa jurídica em post e é contestado por especialistas
Após ser atingido por uma facada em 6 de setembro e passar por duas cirurgias, o candidato do PSL perdeu 15 quilos. Ele já recuperou boa parte de seu peso e, aos poucos, têm retomado agenda de campanha fora de sua casa. Na segunda-feira, 15, Bolsonaro esteve na sede do Batalhão de Operações Especiais (Bope). Dois dias depois visitou a Arquidiocese do Rio e a Superintendência da Polícia Federal, também na capital fluminense.
Na quarta-feira, 17, Bolsonaro declarou que aguardaria a visita dos médicos para decidir se aceitaria ir a debates com Fernando Haddad (PT). Na ocasião, porém, admitiu que poderia faltar aos encontros mesmo se tivesse alta por questão de "estratégia".
Fake
Circula nas redes sociais uma teoria segundo a qual Jair Bolsonaro estaria com câncer. A versão considera que a facada sofrida pelo candidato em ato em Juiz de Fora seria, na verdade, uma simulação. Mas a informação sobre a doença, segundo o próprio médico, é falsa. "Não tem câncer. No dia 12 de setembro abri amplamente o abdômen e só tinha consequências da facada, mas não câncer", afirmou Macedo.