O novo presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, disse nesta terça-feira, em seu discurso na solenidade de transmissão de cargo, que vai combater sem tréguas a inflação e a indexação dos preços, e que vai trabalhar para que a inflação retorne as metas definidas. Para este ano, a meta é de 4%, com tolerância de 2,5 pontos percentuais, para mais ou para menos.
Segundo Meirelles, a alta verificada na inflação tem a ver com a crise de confiança gerada no ano passado. "O regime de metas de inflação torna transparente o objetivo a ser perseguido e é também o regime mais adequado para eliminar o risco de determinações políticas nesse setor", disse. Meirelles também defende que o regime de metas de inflação seja administrado constantemente, com o mínimo de curso para a sociedade.
De acordo com a Agência Brasil, o novo presidente do BC ressaltou que para se garantir um futuro mais estável e com juros menores é preciso haver compromisso com a responsabilidade fiscal e com as reformas, micro e macro. "O papel do BC é estabelecer a taxa de juros necessária para atingir a meta de inflação", disse. Meirelles também destacou a necessidade de garantir um superávit fiscal para reduzir o Risco Braisl.
Leia mais:
Eleição de 2024 tem suspeita de fraude por transferência em massa de eleitores entre cidades
Câmara de Londrina marca nova audiência para debater o Código Ambiental
Indiciamento de Bolsonaro alavanca outras candidaturas de direita no Brasil
Bolsonaro rebate Eduardo e, mesmo inelegível, diz ser 'plano A, B e C' para 2026
Sobre a autonomia do Banco Central, disse ser uma proposta do ministro da Fazenda, Antônio Palocci, com o objetivo de fazer do banco o guardião da moeda e da estabilidade de preço. E acrescentou entender que, nesse contexto, foi fundamental para a transição a permanência de toda a diretoria do banco.