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Missão do FMI chega ao Brasil para revisar acordo

Bonde, com informações da Agência Brasil
05 mai 2003 às 08:32

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Uma nova missão do Fundo Monetário Internacional (FMI) chega esta semana ao Brasil.

Será a terceira visita dos técnicos do Fundo para revisar o acordo de aproximadamente US$ 30 bilhões firmado no ano passado.

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Nesta segunda-feira, às 16 horas, encontro da missão será com ministro da Fazenda, Antonio Palocci. Na terça-feira, os técnicos se encontram às 11horas com o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles

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Se as contas forem aprovadas nesta nova revisão, o país estará apto a receber cerca de US$ 10 bilhões, recursos que iriam direto para as reservas internacionais.

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Depois de analisar todos os números da economia brasileira, os técnicos elaboram um relatório que será submetido à direção do Fundo Monetário Internacional.


No Memorando Técnico de Entendimento, o próximo desembolso está previsto para o início de junho. O acordo entre o Brasil e o FMI está disponível no site do Ministério da Fazenda.

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Até agora, já foram liberados para o Brasil mais de US$ 10 bilhões, dos quais US$ 6 bilhões em 2002 e mais US$ 4,1 bilhões neste ano.


Oficialmente, o governo não revela se fará esse novo saque. O secretário do Tesouro Nacional, Joaquim Levy, admite que não existe nenhuma razão para descartar esses novos recursos, mas o governo tomará a decisão no momento apropriado.

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Desde que assumiu o governo, a equipe do ministro Antonio Palocci resolveu reforçar a política fiscal e propôs elevar o superávit primário (despesas menos receitas, sem o gasto com os juros) de 3,75% para 4,25% do PIB, com o intuito de reduzir a relação dívida/PIB.


O governo estabeleceu e tem cumprido com folga esse objetivo. Em março, segundo o Banco Central, as contas do setor público registraram superávit primário de R$ 6,8 bilhões, o melhor resultado para o período, desde o início da série, em 1991.

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No acumulado do ano, a economia do governo chegou a R$ 22,8 (6,24% do PIB). Foram R$ 7,4 bilhões a mais do que a meta trimestral acertada com o FMI.


Os números das contas externas também têm apresentado resultados surpreendentes.

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Em março, o país registrou o melhor resultado para o mês no saldo em transações correntes (diferença entre a venda e a compra de bens e serviços com o exterior) desde 1989. O saldo ficou positivo em US$ 116 milhões.


Na soma de janeiro, fevereiro e março, o saldo chegou a US$ 82 milhões e foi o melhor resultado para um primeiro trimestre desde 1994.

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O balanço de pagamentos (inclui as transações correntes e a conta capital e financeira) teve um superávit de US$ 3,725 bilhões, quase quatro vezes o resultado de março do ano passado.


De janeiro a março, o resultado chegou a US$ 3,986 bilhões contra US$ 1,136 bilhão registrado em igual período de 2002.


Para a inflação, o acordo prevê que a taxa medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) poderá, em 12 meses, chegar até 17,5% em setembro.


Mas o governo, através de vários instrumentos de política monetária, incluindo a taxa básica de juros, persegue uma meta, já ajustada, de 8,5 até o final do ano.



O Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) revela, no entanto, através da ata da última reunião "que a projeção associada às hipóteses do cenário básico, que incluem a manutenção da taxa de juros em 26,5%, ao ano, e da taxa de câmbio em patamar próximo ao que prevalecia na véspera da reunião (R$ 3,02), resulta numa inflação acima da meta ajustada de 8,5% para este ano.


O próprio comitê, porém, já reduziu a estimativa de aumento para os preços da gasolina, de 12,4% para 8,4% e do gás de cozinha, de 4,2% para 1,6%, em 2003.


Além dessas quedas, as projeções para as tarifas de energia elétrica residencial caíram para 24,5% por causa da redução no preço do dólar.


Sendo assim, para os preços administrados por contrato e monitorados, com peso de 28,6% no IPCA de março, a expectativa de aumento caiu de 16,8% para 15,3% em 2003.

"A apreciação cambial, a conseqüente diminuição das estimativas para as elevações das tarifas de eletricidade e a redução dos preços dos derivados de petróleo foram as maiores responsáveis pela queda" registrou o documento.


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