O Ministério Público (MP) estadual começou a investigar se as operações de compra de créditos tributários de R$ 40 milhões feitas pela Companhia Paranaense de Energia (Copel) no ano passado têm ligação com um esquema de lavagem de dinheiro. O nome do doleiro Alberto Youssef, acusado de envolvimento em remessas ilegais feitas pelo Banestado entre 1996 e 1999, foi citado nos depoimentos que o MP está tomando.
Youssef estaria presente em uma das reuniões de vendas de créditos da empresa Olvepar para a Copel e teria organizado um esquema para destinar parte das quantias para quitar dívidas de campanhas. Pelos depoimentos concedidos ao Ministério Público, o doleiro estaria com advogados da Olvepar e não teria sido reconhecido, pelo menos formalmente, pelos representantes da Copel na reunião.
Apesar do advogado da massa falida da Olvepar, José Célio Garcia, ter negado recentemente qualquer negociação com a Copel, outros depoimentos sustentam que a transação ocorreu. A Folha de Londrina voltou a procurar Garcia ontem, mas ele não retornou os recados.
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O suposto esquema montado na Copel está sendo investigado tanto pelo MP como pela Procuradoria Geral do Estado (PGE). A operação teria envolvido várias empresas e pode ter gerado um rombo de R$ 80 milhões nos cofre estaduais. A estatal teria usado os créditos tributários da Olvepar e outras empresas para quitar dívidas do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).