A Câmara de Apucarana firmou, nesta terça-feira (6), um Termo de Ajustamento de Condutas (TAC) com o Ministério Público, com o objetivo de regularizar o alto número de servidores comissionados em relação ao de efetivos. O TAC foi assinado pelo presidente da Câmara, Alcides Ramos Júnior (DEM), e pelo promotor Eduardo Augusto Cabrini.
Atualmente, a Câmara tem 42 servidores comissionados (de livre nomeação e exoneração) e oito efetivos (concursados). "Esta é uma situação que vem de longe. Há mais de dez anos que não se faz concurso na Câmara. Alguns efetivos se aposentaram, outros morreram, aumentando a desproporcionalidade", afirmou Alcides Ramos.
O TAC considera que as contratações para cargos em comissão se destinam apenas às funções de direção, chefia e assessoramento, devendo ser, portanto, a exceção e não a regra. A presidência da Câmara reconhece que, apesar da nomenclatura dos cargos, há servidores desempenhando, de fato, os cargos de advogado, contador, atendente de portaria, serviços gerais, motorista, fotógrafo, jornalista, técnico de som e atendente de cantina, o que é vedado por se tratar de cargos ordinários e de necessidade permanente, sendo imprescindível a nomeação através de concurso público.
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Pelo TAC, Câmara e Ministério Público estabelecem como prazo máximo o dia 31 de maio de 2012 para a realização de concurso público, para a regularização da situação. O concurso deve oferecer 17 vagas. Somados aos oito existentes, o número de efetivos passará a 25. O TAC estabelece em 40% do número de efetivos o limite máximo para a contratação de comissionados, o que delimitaria este quadro a 10 servidores.
Porém, serão mantidos outros 14 comissionados, que atuam nos gabinetes dos vereadores, na primeira secretaria, na vice-presidência e na presidência. Esses cargos foram instituídos através da Lei Municipal 011/2009. No total, portanto, o quadro poderá chegar a 49 servidores. "Porém, a maioria será de servidores contratados por concurso e atuando na função para a qual foram concursados", frisa o promotor Cabrini. Como está hoje, qualquer presidente pode trocar quase todo o quadro de servidores na hora em que bem entender.
Segundo o TAC, em caso de descumprimento fica a Câmara de Apucarana e o seu presidente obrigados a pagar multa diária de R$ 500.