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Investigação em Londrina

MP suspeita de ligação entre Abi e esquema na Receita Estadual

Edson Ferreira - Folha de Londrina
23 abr 2015 às 08:30

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- Gustavo Carneiro/Equipe Folha
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Embora não esteja entre os 62 acusados pelo Ministério Público (MP) do Paraná por envolvimento no suposto esquema de cobrança de propina e sonegação fiscal na Receita Estadual de Londrina, o empresário Luiz Abi Antoun é suspeito de ligação com o comando da "organização criminosa". Ele, que é parente distante do governador Beto Richa (PSDB), chegou a ficar preso por uma semana e foi denunciado em outra operação – a Voldemort – como "líder" do grupo que teria fraudado a contração da oficina Providence, de Cambé.

Para o MP, é necessário prosseguir com a investigação para identificar se Abi teria se utilizado de sua influência na administração estadual para proteger o ex-inspetor geral da Receita Estadual Márcio Albuquerque de Lima e o empresário Paulo Midauar. Este último, ainda preso, também foi denunciado pela fraude na contratação da oficina. Abi era citado pelos demais envolvidos na operação Voldemort como "o chefão", "o cara".

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Márcio Albuquerque, o suposto protegido, foi exonerado do cargo estadual dois dias antes da deflagração da Operação Publicanos e, desde então, segue foragido.

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Delação premiada


A suposta "organização criminosa incrustada na Receita Estadual, talvez o grupo criminoso mais antigo da região de Londrina", conforme o MP, foi revelada com a colaboração de 18 investigados, que firmaram termos de delação premiada. Em favor deles, que também foram denunciados pela participação nas irregularidades, o MP pediu ao Judiciário os benefícios previstos na legislação. Além deles, outros dois empresários forneceram informações importantes para o início da Publicanos e escaparam da denúncia criminal.

Entre os 18 acusados que contribuíram com a apuração estão contadores e empresários que podem, de acordo com o entendimento da Justiça, ter eventuais penas reduzidas. Para o MP, os acordos de delação premiada foram essenciais no trabalho de apuração, pois "sem tal colaboração, o avanço das investigações e a responsabilização dos demais criminosos se tornariam mais difíceis de serem alcançados".


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