O Ministério Público Federal em Brasília afirmou ter encontrado fatos novos numa investigação envolvendo as atividades empresariais do ex-ministro da Casa Civil Antonio Palocci.
Em junho, alegando que não existiam indícios de crime, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, arquivou representações de partidos de oposição que pediam a apuração de suspeitas de irregularidades na empresa de consultoria Projeto, de propriedade do ex-ministro.
"Não é possível concluir pela presença de indício idôneo de que a renda havida pelo representado (Palocci) como parlamentar ou por intermédio da Projeto adveio da prática de delitos, nem que tenha usado do mandato de deputado federal para beneficiar eventuais clientes de sua empresa perante a administração pública", disse Gurgel na ocasião.
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Como ministro de Estado, Palocci somente podia ser investigado e acusado pelo procurador-geral, que é o chefe do Ministério Público. Mas, com a saída do cargo, ele tornou-se um cidadão comum, passível de apuração por outros procuradores. Em nota, a Procuradoria da República no Distrito Federal informou que em agosto foram encaminhadas a Gurgel informações apuradas num inquérito civil público sobre um suposto enriquecimento ilícito.