Após um ano no poder, a presidente Dilma Rousseff (PT) ainda não conseguiu engrenar a máquina administrativa do governo. A avaliação é de João Pedro Stédile, o líder nacional mais conhecido do MST. Em mensagem gravada e divulgada no site da organização, com um balanço do ano de 2011, ele criticou a presidente por não dar atenção aos pobres do campo.
"O governo Dilma ainda não ajeitou a máquina", diz Stedile. "Passamos o ano inteiro em reuniões, discutindo praticamente em todos os ministérios. Mas a lentidão e a forma como o Estado brasileiro funciona impediram que tivéssemos sequer um plano de reforma agrária."
Para o líder dos sem terra, a presidente ignora a situação de milhares de famílias acampadas, à espera de um lote da reforma agrária: "O governo Dilma está em dívida com os pobres do campo. Ele precisa urgentemente apresentar um plano, dizendo o que pretende fazer para resolver a situação das 160 mil famílias que ainda continuam acampadas na beira da estrada."
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Mas Stédile também reconhece, logo a seguir, que o movimento liderado por ele também obteve conquistas neste governo. Cita especialmente o aumento de recursos para o Pronera, programa educacional que atende principalmente os assentados da reforma agrária. O líder também lembra que Dilma concedeu mais recursos para programas de implantação de agroindústrias e autorizou a renegociação de parte das dívidas de assentados que estavam inadimplente.