Líderes aliados e de oposição na Câmara reagiram negativamente à aprovação pelo Senado do projeto de lei que inclui um benefício de Natal - uma espécie de 13º salário - no programa Bolsa-Família, sinalizando que a proposta deverá ser rejeitada na Casa.
O projeto foi aprovados pelos senadores nesta terça-feira (21), mas o líder do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), apontou duas ilegalidades no projeto. Segundo ele, os senadores misturaram a legislação trabalhista com a assistencial. "Transformaram um tipo de benefício assistencial, equiparando-o ao salário", afirmou Chinaglia. Outro ponto, segundo o líder, foi a aprovação de um gasto sem previsão de recursos equivalentes no Orçamento para honrar a despesa.
O líder do PSDB, partido de oposição, na Câmara, Jutahy Júnior (BA), apontou os mesmos pontos como erros cometidos pelos senadores. "Para uma questão como essa ser aprovada, tem de ter orçamento", afirmou. "Além disso, estão confundindo conceitos. O Bolsa-Família não é salário, mas uma necessidade transitória", continuou o líder tucano. "Temos de lutar para que o País cresça e se desenvolva para que menos pessoas precisem da assistência", afirmou
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Jutahy adiantou que é contra o projeto aprovado pelos senadores, mas disse que reunirá a bancada para discutir a questão quando a proposta chegar à Câmara. O líder do PT na Câmara, Henrique Fontana (RS), classificou de "brincadeira" e "demagogia" a aprovação do projeto pelos senadores. Para ele, na Câmara a proposta será rejeitada. (AE)