A rápida "faxina" promovida no Ministério dos Transportes, que derrubou mais um funcionário na sexta-feira (29), obrigou a presidente Dilma Rousseff a tomar uma medida de emergência a fim de evitar a paralisia da máquina administrativa. A saída encontrada foi dar poderes para o Conselho de Administração do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) nomear uma diretoria temporária do órgão. Com a crise instalada no setor há quase um mês, sobrou apenas um dos sete diretores do Dnit.
A medida é necessária, na avaliação do Palácio do Planalto, porque os diretores efetivos indicados precisarão passar por sabatina no Senado, o que atrasará a posse deles no lugar dos dirigentes afastados.
"Após as demissões, temos necessidade de garantir condições para que a administração do órgão possa ocorrer de forma regular", explicou ontem o ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos. "O decreto dá condições ao Conselho de Administração do Dnit para designar, em condições específicas e em caráter transitório, até que sejam nomeados os novos diretores."