A ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, e o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, devem deixar seus cargos em janeiro de 2014, antes dos demais colegas que sairão até o fim de março para disputar as eleições. Gleisi será candidata do PT ao governo do Paraná e Padilha concorrerá, pelo mesmo partido, à sucessão do governador Geraldo Alckmin (PSDB), em São Paulo.
Gleisi planeja sair no próximo dia 13 e Padilha, no máximo até o fim de janeiro. A avaliação do PT é de que os dois devem começar a percorrer logo as cidades do interior de seus Estados para se tornarem conhecidos. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sugeriu à presidente Dilma Rousseff que transfira o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, para a Casa Civil, porque ele poderá cuidar da gerência do governo enquanto ela estiver em campanha pela reeleição. A presidente, porém, ainda não tomou uma decisão.
No Planalto, auxiliares de Dilma comentam que esse cenário é "provável". A presidente, no entanto, ainda avalia a possibilidade de levar Mercadante para a coordenação política de sua campanha. Dilma também gosta do secretário-executivo do Ministério da Previdência, Carlos Gabas, petista que a levou para dar umas voltas em sua moto Harley-Davidson, no dia 4 de agosto, em Brasília. Gabas também é visto por ela como um bom gestor, que poderia ser deslocado para a Casa Civil.
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Na Saúde, se a presidente optar por uma solução doméstica para a substituição de Padilha, o nome em alta é o do secretário de Gestão do Trabalho e da Educação do Ministério, Mozart Sales, um dos maiores colaboradores do programa "Mais Médicos". É certo que a presidente quer o secretário da Saúde do Ceará, Ciro Gomes (PROS), em sua equipe. O comentário no Planalto, porém, é que ele só entrará no governo em eventual segundo mandato de Dilma, caso contrário sua mudança do PSB do governador Eduardo Campos (Pernambuco) para o PROS ficaria carimbada como fisiológica. De qualquer forma, a pasta esperada por Ciro é a da Saúde.
Para o Ministério da Integração Nacional o mais cotado continua sendo o senador Vital do Rêgo (PMDB-PB). A indicação de Vital é defendida tanto pelo PMDB do Senado, tendo à frente o presidente da Casa, Renan Calheiros (AL), como pela bancada do partido na Câmara.
A cúpula do PMDB fez chegar ao vice-presidente Michel Temer que vai reagir "com força" se Dilma decidir atropelar o partido para pôr Ciro Gomes na Integração Nacional, reivindicada para Vital do Rêgo. Em conversas reservadas, dirigentes do PMDB dizem que não podem aceitar, nessa cobiçada cadeira, um político como Ciro, que chamou o partido de "ajuntamento de ladrões".