A Promotoria de Defesa do Patrimônio Público de Londrina vai investigar um suposto crime de enriquecimento ilícito supostamente cometido pelo presidente da Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU), André Nadai. As investigações estão relacionadas à compra de um apartamento por R$ 300 mil feita por ele e pela esposa - que é a atual presidente do Conselho da Sercomtel -, Cristiane Hasegawa.
O caso foi descoberto em maio do ano passado, quando policiais do Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco) apreenderam documentos e R$ 20 mil em dinheiro na casa de Nadai durante a Operação Antissepsia, que investigou um esquema de desvio de dinheiro público da área da Saúde de Londrina.
Na época, o Gaeco apreendeu a escritura do apartamento e constatou que o casal havia registrado apenas metade do valor do imóvel e sonegado o Imposto Sobre Transmissão de Bens Imóveis (ITBI). De lá para cá, Nadai e a esposa chegaram a ser indiciados por falsidade ideológica pelo delegado Alan Flore, que, no mês de maio deste ano, reabriu as investigações após receber a informação de que o casal ainda não havia quitado a dívida com o município.
Leia mais:
Câmara aprova castração química para condenados por pedofilia
Um sucesso, diz médico de Lula sobre procedimento na cabeça para evitar novos sangramentos
Alep adiciona oito mil sugestões populares ao orçamento do Paraná
Previsto no Lote 4, Contorno Leste deve ficar para depois de 2030
"No entanto, conseguimos informações com a Secretaria de Fazenda de que o ITBI foi pago. Eles não vão responder pelo crime fiscal, mas continuam indiciados por falsidade ideológica", explicou Flore em entrevista coletiva durante a manhã desta segunda-feira (18).
Agora, segundo ele, o caso fica por conta da Promotoria de Defesa do Patrimônio Público, que terá o papel de investigar a origem do dinheiro utilizado na compra do imóvel. De acordo com as investigações, o casal pode ter sonegado o imposto e registrado metade do valor do imóvel para 'ocultar' de onde veio os R$ 300 mil.