O prefeito Barbosa Neto tentou se eximir da responsabilidade, em entrevista coletiva nesta quinta-feira (15), no caso em que a Controladoria-Geral do Município (CGM) apontou um série de irregularidades no processo que culminou na aquisição de 34 mil uniformes escolares para alunos da Rede Municipal de Educação.
Apesar de admitir a possibilidade de irregularidades, o prefeito afirmou que não acompanhou o processo de inexigibilidade de licitação utilizado para a compra dos kits escolares. "É um caso que está sendo analisado pela Controladoria e pela Procuradoria do Município. Quando percebemos os problemas, no final do ano passado, enviamos aos órgãos de controle para análise. Agora, não sei informar se houve ou não irregularidades. A prefeitura é responsável por mais de 500 processos e este, em específico, eu não consegui acompanhar", argumentou.
Segundo relatório da Controladoria, houve fraudes no processo de inexigibilidade de licitação, que envolvem diretamente a secretária de Educação, Karin Sabec. Apesar disso, Barbosa disse que ainda é muito cedo para dizer que ela vai ser responsabilizada pelas irregularidades. "Tentei conversar com a secretária hoje de manhã, mas não consegui. Esperava encontrá-la na coletiva, mas ela não veio. Quero, antes de definir punições, ter acesso ao relatório da Controladoria e conversar com Karin, ouvir as explicações que ela têm para dar à CGM e à Procuradoria", disse.
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Vale lembrar que a secretária já foi denunciada pelo Ministério, por improbidade administrativa, por irregularidades na compra, sem licitação, da coleção "Vivenciando a Cultura Afro-Brasileira e Indígena". Os livros, considerados racistas, sequer chegaram a ser utilizados pela atual administração. O município pagou R$ 621 mil pelos exemplares. No caso dos uniformes, foram investidos cerca de R$ 7 milhões.