O presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), não acredita que o Supremo Tribunal Federal (STF) interferirá no Legislativo durante o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, iniciado nesta quarta-feira, 3, pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). "Na nossa avaliação foi cumprido o rito constitucional, o presidente Eduardo Cunha arquivou mais de 30 proposições e não houve contestação, por isso não acredito que o Supremo interferirá no processo legislativo interno", afirmou.
Aécio voltou a cobrar cuidado no trâmite do processo de impeachment na Câmara e no Senado, sem atropelo de prazos, mas criticou possíveis manobras do governo para atrasar o encaminhamento da proposta no Congresso. "Não podemos aceitar postergações e adiamentos", afirmou o Aécio, que foi derrotado por Dilma nas eleições presidenciais de 2014.
O senador participou da convenção nacional do Democratas que reelegeu José Agripino (DEM-RN) e, durante o discurso, lembrou das coligações feitas entre o PSDB e DEM, entre elas a das eleições passadas e avaliou que o partido "dentro de pouco tempo estará conosco governando o País".
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Indagado sobre quanto tempo essa parceria poderia ocorrer, em um possível cenário de impeachment de Dilma, Aécio lembrou que o calendário prevê eleições presidenciais em 2018, mas admitiu: "obviamente isso pode de alguma forma ser antecipado. E estaremos juntos (PSDB e DEM) para construir projeto de País que não é o do PT e não é do PMDB", concluiu.