O requerimento para a criação da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) mista, que vai investigar o suposto pagamento de propinas na ECT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos), já conta com o número de assinaturas necessárias.
O número mínimo para a instalação da CPI são 27 assinaturas no Senado e 171 na Câmara.
O líder da minoria na Câmara dos Deputados, José Carlos Aleluia (PFL-BA), disse nesta quarta-feira contar com 183 assinaturas. O líder do PFL no Senado, José Agripino (RN), afirmou que 39 senadores já apoiaram a criação da CPI.
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A oposição entregará o requerimento com as assinaturas hoje ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Com a entrega do documento, a comissão é automaticamente instituída, conforme o regimento.
Reportagem da revista ''Veja'' desta semana mostra gravação em que o chefe do departamento de contratação e administração de material da ECT, Maurício Marinho, acerta um esquema de cobrança de propina para facilitar o estabelecimento de contratos com a estatal. Marinho foi indicado ao cargo pelo diretor de Administração, Antônio Osório Batista, que ocupava a função por indicação do PTB e que pediu ontem afastamento.
Na gravação, Marinho dizia agir sob ordens do presidente nacional do partido, deputado Roberto Jefferson (RJ), um dos principais aliados do governo federal. Segundo Marinho, o deputado carioca era o chefe de um suposto esquema de cobrança de propinas na ECT e em outras estatais.
Nesta terça-feira (17), porém, Jefferson negou ligação com o esquema de corrupção. O congressista afirmou ainda que vai assinar o pedido de CPI para investigar a estatal e colocou os cargos que o PTB ocupa no governo à disposição do presidente Lula.
O deputado entregou ainda 200 cópias da fita que mostra a cobrança da propina.
Fonte: Folha Online e Folha Press