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Osmar Dias cobra critérios sobre orçamento federal

Valmir Denardin - Folha do Paraná
17 set 2001 às 18:45

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O senador paranaense Osmar Dias (sem partido) cobrou, em discurso no Senado, explicações do Ministério do Planejamento sobre os critérios de distribuição entre os Estados de recursos federais para investimentos. Cobrou também uma maior articulação do governo paranaense com sua bancada federal para garantir mais investimentos no Estado.

Reportagem publicada nesta segunda-feira pela Folha mostrou que o Paraná é a 12ª entre as 27 unidades da federação no ranking dos investimentos previstos na Proposta Orçamentária de 2002, encaminhada pelo governo ao Congresso em 31 de agosto. Vai receber R$ 151,9 milhões, metade da verba destinada ao Rio Grande do Sul (R$ 327,4 milhões) e menos do que o Piauí, Estado que tem 30% da população paranaense, contemplado com R$ 182,2 milhões.

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"Os critérios não são nem políticos, nem populacionais e nem pela renda per capita da população", afirmou Dias. Aliado do governo federal até há poucos meses, o senador paranaense desligou-se do PSDB para evitar sua expulsão, quando o partido abriu processo contra ele e seu irmão, o também senador Alvaro Dias, pelo fato de os dois terem votado a favor da criação de uma CPI para apurar denúncias de corrupção no governo federal.

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Segundo cálculo do senador, Rio Grande do Sul e Acre, governados por petistas, vão receber, respectivamente, R$ 32 e R$ 137,7 de investimento para cada habitante, enquanto o valor por habitante no Paraná - governado pelo pefelista Jaime Lerner- será de apenas R$ 15,9. A renda per capita anual do paranaense é de R$ 6 mil, R$ 1 mil a menos que a do gaúcho.

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"O Paraná não vem recebendo a contrapartida de sua contribuição em impostos e na produção nacional", afirmou o senador. Para ele, a falta de articulação entre Lerner e a bancada federal paranaense contribuiu para essa disparidade. "O governador não fala com os três senadores e com boa parte dos deputados." O Paraná tem 30 deputados federais.


Por meio de sua assessoria de imprensa, o governador negou que deixe de exercer a liderança necessária para unir a bancada e conseguir mais verba para o Estado. De acordo com a assessoria, a oposição faz "críticas gratuitas".


A explicação de Lerner para a disparidade é o fato de o Paraná ter assumido atividades de "competência federal", como o ensino universitário. O Estado tem seis universidades estaduais e apenas uma federal. No Rio Grande do Sul, essa relação é inversa.

Unidade - O vereador por Curitiba Ney Leprevost (sem partido) cobrou ontem mais unidade política em defesa dos interesses do Estado. "Algo está errado na representação do Paraná em Brasília", afirmou o vereador.


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