O pré-candidato a governador do Paraná Osmar Dias (PDT) anunciou nesta terça-feira (31), que desistiu da aliança com MDB, cujo presidente estadual é o senador e pré-candidato a reeleição, Roberto Requião. Com a ruptura, o MDB deve lançar candidatura própria ao governo encabeçada pelo deputado federal João Arruda, sobrinho do senador.
Apesar de confirmar a informação, a assessoria do PDT informou que irá se pronunciar ainda nesta terça por meio de nota. Na semana passada, em evento para empresários, Dias afirmou que a dificuldade para a formação da aliança girava em torno do acordo com o MDB nas eleições proporcionais. "Uma aliança não se fecha assim, da noite para o dia", afirmou o pré-candidato na sexta-feira (27).
Entre os emedebistas, militantes e prefeitos preferem a candidatura própria. Porém, deputados e o próprio senador Requião ainda não descartam a coligação. Políticos do MDB e de outros partidos relatam dificuldades de negociação com Dias.
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Para Arruda, que deve ser confirmado candidato pelo MDB nos próximos dias, a coligação com o PDT já está descartada pelas dificuldades de se chegar a um acordo com Dias. "Eles não têm chapa, a chapa deles é um blefe, algo que estão tentando valorizar, mas que não existe. O MDB não pode esperar, todo mundo está só aguardando", disse à reportagem.
As conversas de PDT e MDB ocorriam desde o ano passado, quando Dias e Requião anunciaram que fariam um plano de governo em conjunto. Ambos os partidos integravam a oposição ao governo Beto Richa (PSDB), que deixou o cargo em abril para disputar uma vaga no Senado. Uma das condições do MDB para coligar com Osmar seria indicar o advogado Fernando Delazari, que foi secretário do governo Requião, como vice do pedetista.
Hoje, Osmar Dias tem o PDT e o Solidariedade confirmados na coligação. Ele tenta fechar acordo com o Podemos, do seu irmão e pré-candidato à Presidência, Alvaro Dias. Dissidências do partido, porém, já declaram apoio ao deputado estadual Ratinho Junior (PSD) na corrida pelo Palácio Iguaçu.