O ministro Antonio Palocci disse, nesta manhã, que vai ao Congresso Nacional para prestar esclarecimentos sobre a crise política na Receita Federal. "Irei ao Congresso Nacional sempre que for convidado para falar sobre o assunto que o Congresso desejar".
Palocci defendeu o órgão e afirmou que a crise já está superada. "A Receita é uma instituição tradicional e extremamente respeitada no Brasil e no nível internacional. É uma instituição formada por profissionais extremamente qualificados. Houve um período de crises, de dificuldades, mas que está superado", comentou.
A Comissão de Fiscalização e Controle (CFC) aprovou o convite a Palocci, ao secretário da Receita Federal, Jorge Rachid, ao corregedor-geral da Receita, Moacir Leão e aos auditores Sandro Martins e Paulo Baltazar Carneiro para prestarem esclarecimentos sobre recentes denúncias envolvendo suspeita de corrupção no órgão. A audiência poderá ser realizada no próximo dia 29.
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Divulgadas há duas semanas pela imprensa, as denúncias referem-se a investigações feitas pela Polícia Federal (PF) que apontam uma fraude de R$ 1 bilhão envolvendo funcionários da Receita e do INSS, advogados e despachantes do Rio de Janeiro.
Segundo a PF, os envolvidos montaram um esquema para eliminação de dívidas de empresas com os dois órgãos. A investigação, que também está sendo feita pela Receita, provocou um atrito entre o secretário Rachid e o corregedor-geral.
As denúncias repercutiram no Senado e provocaram um debate no Plenário nesta terça-feira. Nos requerimentos aprovados na CFC, os senadores são unânimes em dizer que o assunto é grave e exige uma rigorosa apuração.
Para o líder do PSDB, Arthur Virgílio, as acusações comprometem a credibilidade da Receita Federal. Já a senadora Heloísa Helena, mostra-se preocupada com os atritos envolvendo altos funcionário do órgão.