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Compra de cestas básicas

Paranaense condenado no mensalão teria fraudado pena alternativa

Agência Estado
27 fev 2014 às 08:03

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- Divulgação
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O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) suspeita que o ex-deputado federal pelo Paraná José Borba, condenado no processo do mensalão, tenha superfaturado não apenas tijolos, mas também as cestas básicas compradas como parte da pena alternativa imposta a ele pela Justiça. Em audiência ontem na Vara de Penas Alternativas do DF, o ex-congressista foi intimado a explicar as diferenças de preço nos itens adquiridos por ele a partir de dezembro do ano passado.

Borba comprou 170 cestas básicas por R$ 80 cada. No entanto, um levantamento do Governo do Distrito Federal (GDF) encontrou para os mesmos itens preços que variavam de R$ 29,90 a R$ 39,89. O advogado de Borba, Michel Saliba, disse que a intimação lhe dava prazo de cinco dias para explicar os valores. Segundo ele as cestas básicas foram compradas em dezembro, época de Natal, enquanto que a pesquisa do GDF é de fevereiro, o que explicaria a diferença nos valores. "Compramos cestas de Natal, não cestas básicas", argumentou, acrescentando que em dezembro os preços dos produtos estavam mais elevados.

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Uma perícia do MPDFT também constatou diferenças nos preços de tijolos comprados pelo ex-deputado para uma instituição como parte de sua pena, conforme revelou o jornal Correio Braziliense na edição de ontem. Segundo o advogado de Borba, não havia tijolos em quantidade necessária para a pronta entrega no varejo de Brasília, na época. Como a fábrica não vendia diretamente a Pessoa Física - no caso, o deputado - foi necessário recorrer a uma empresa para que fizesse a compra pelo parlamentar. Por isso, o ex-congressista teve de pagar o preço solicitado pela empresa, mais alto que o encontrado pelo Ministério Público.

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Condenado a 2 anos e 6 meses de cadeia, ele conseguiu o benefício de trocar a prisão pelo pagamento de penas alternativas, como a compra de material de construção para o presídio feminino do DF. Foram 2,5 mil tijolos e dez sacos de cimento com 50 quilos cada.

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O juiz advertiu o deputado de que se as irregularidades forem confirmadas pela Justiça, ele pode até ser preso. Além da pena alternativa, Borba foi intimado pela Justiça a recolher aos cofres públicos R$ 617 mil. Nos últimos dias, o ex-deputado recebeu a guia de recolhimento no valor atualizado de R$ 895 mil (acrescido de juros e multa). Segundo o advogado do deputado, ele não tem dinheiro para quitar o valor e provavelmente vai esperar a inscrição da multa na dívida ativa para pedir o parcelamento do débito. Borba entrou no prédio da Justiça do DF pela garagem e não falou com a imprensa.


Prazo para explicações

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O ex-deputado federal José Borba, suspeito de superfaturar tijolos e cestas básicas compradas como parte da pena alternativa imposta a ele pela Justiça, não falou com a imprensa nesta quarta-feira (26). Condenado no mensalão, ele foi advertido pela Justiça e terá cinco dias para explicar as disparidades nos preços. Se confirmadas as irregularidades, ele poderá até ser preso.


Em audiência hoje, na Vara de Execução de Penas Alternativas do DF, o ex-congressista foi intimado a explicar as diferenças de preço nos itens adquiridos por ele mensalmente e doados a instituições de Brasília.

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O advogado do ex-deputado, Michel Saliba, disse as cestas foram compradas em dezembro, época de Natal e preços mais altos, enquanto que a pesquisa da Polícia Civil é deste mês, o que explicaria a diferença nos valores. "Foram compradas cestas de Natal, não cestas básicas", argumentou.


Uma perícia do MPDFT também constatou diferenças nos preços de blocos de concreto comprados pelo ex-deputado para o Presídio Feminino de Brasília como parte de sua pena, conforme revelou o jornal Correio Braziliense hoje.

Segundo o advogado de Borba, não havia tijolos em quantidade necessária para a pronta entrega no varejo de Brasília, na época. Como a fábrica não vendia diretamente a pessoa física - no caso, o deputado -, foi necessário recorrer a uma empresa para que fizesse a compra, pagando o preço solicitado pela empresa.


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