O ambiente na Câmara de Londrina é de expectativa, conversas nos corredores e muita especulação em torno de quem será o novo presidente da Casa. A eleição da nova mesa executiva será amanhã à tarde, dia da última reunião ordinária do ano, como estabelece o regimento interno, mas a formação das chapas permanece em segredo.
Com exceção do vereador José Roque Neto (PTB), que é o atual presidente e não pode ser reeleito, todos os outros podem ser candidatos. Há alguns vereadores com candidaturas abertamente assumidas e outros que apenas colocam o nome ''à disposição''.
Os possíveis candidatos, assumidos ou não, são Eloir Valença (PT), Gerson Araujo (PSDB), Renato Lemes (PRB), Rony Alves (PTB), e Tito Valle (PMDB).
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Pelo que se comenta no bastidores, os dois com maiores chances são o pastor Gerson Araujo e o também pastor Renato Lemes. Caso esta tendência venha realmente a se confirmar, a Câmara de Londrina deixará de ser administrada por um padre (com formação católica) passando a ser administrada por um pastor (formação evangélica).
Nada, porém, é definitivo. Como acontece tradicionalmente, a definição da mesa executiva só acontece no dia da eleição depois de muitas negociações e conchavos entre os partidos, e outros tipos de acordo ou concessão. Só para se ter uma ideia, a eleição passada demorou sete horas, com a sessão sendo interrompida várias vezes.
Os cinco candidatos tem algumas propostas em comum: melhorar a imagem da Câmara junto à opinião pública, procurando resgatar a credibilidade da Casa e também aproximar a população das atividades desenvolvidas pelos vereadores.
O candidato Gerson Araujo (PSDB) diz que não sabe quantos votos teria, mas está confiante em um resultado positivo. ''Posso estar enganado, mas sou o nome de maior consenso no momento'', afirma. Já o vereador Eloir Valença (PT) acredita em uma aliança com o PSDB ''porque nós temos objetivos em comum''. Para ele, a eleição só será definida no dia. ''Há interesses ideológicos e não ideológicos em jogo'', justifica.
O vereador Rony Alves (PTB) faz uma campanha com os pés no chão, dizendo que, até o momento, tem apenas o próprio voto. ''É isso que conta efetivamente, mas no final alguém tem que ceder e apenas um sairá vencedor'', afirma. Os vereadores Tito Valle (PMDB) e Renato Lemes (PRB) dizem apenas que colocam seus nomes ''à disposição''.
A vereadora Sandra Graça (PP), que era a favorita para a presidência na eleição passada, diz que não se lançou candidata este ano, mas garante que aceitaria o cargo, caso fosse ''convidada'' pela maioria dos vereadores. ''Não estou em busca de votos, mas estou à disposição se eles aclamarem a Sandra Graças como presidente'', afirmou. Ela disse ainda que não teria nenhum constrangimento em apoiar quem quer que seja para a presidência, mesmo que seja uma chapa formada por representantes do Executivo.
Sandra Graça disse também que não guarda ressentimentos em relação à eleição passada para a presidência da Casa, quando perdeu por apenas um voto. ''Aceitei isso como um processo legítimo porque acho que Deus tem outros planos para a minha vida''.