O ex-governador Paulo Pimentel anunciou que é candidato. Não sabe ainda se vai concorrer ao Senado ou governo do Estado. A intenção de disputar a eleição de 2002 foi feita em entrevista na TV Iguaçu, da qual é dono. A única certeza do ex-governador é de que seu projeto político não vai se viabilizar pelo PFL, onde está filiado, mas pelo PMDB ou PSDB, de quem afirma ter recebido convites para ocupar uma das candidaturas ao Senado.
Apesar de sua inclinação pelo Congresso, Pimentel disse que vai percorrer o Estado para testar seu prestígio como um dos nomes à sucessão do governador Jaime Lerner (PFL). Ele planeja intensificar presença em palestras e medir sua popularidade por meio de pesquisas de opinião. "Sinto que eu devo oferecer o meu nome ao eleitorado. Não sei onde eu posso servir mais: se é no Senado ou governo", afirmou em entrevista à Folha.
Na última vez que foi eleito, Pimentel era deputado federal pela legislatura 1987-1990. Na década passada, priorizou seus negócios. Ele é proprietário do Grupo Paulo Pimentel, que abrange o jornal "O Estado do Paraná" e quatro emissoras que retransmitem o sinal do Sistema Brasileiro de Televisão (SBT).
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Em 1998, ensaiou uma volta à cena política. Pimentel tentou obter a única vaga para disputar o Senado pelo PFL. A cúpula do partido e o próprio Lerner tiveram que intervir para cumprir o "acordo branco" que garantiu o apoio do PSDB paranaense à reeleição do governador e uma vitória tranquila de Álvaro Dias ao Senado.
Pressionado, Pimentel teve que retirar sua candidatura. "Não disputei a convenção do PFL porque recebi uma solicitação explícita do presidente da República. Foi um pedido fraternal, que não dava para recusar", justificou. Mas o ex-governador não esconde que a cúpula pefelista no Paraná trabalhou contra ele. Este seria um dos motivos de sua saída do partido, que deve ser confirmada até setembro.
Leia mais em reportagem de Dimitri do Valle, na Folha do Paraná/Folha de Londrina desta quinta-feira