A Executiva Nacional do PDT decidiu, após reunião com a presença do ex-ministro do Trabalho Carlos Lupi, que pediu demissão do cargo no domingo (4) à noite, manter sua posição de aliado do governo da presidenta Dilma Rousseff independentemente de cargos em ministérios. O partido espera, no entanto, manter pelo menos um ministério no governo.
Segundo o presidente interino do partido, o deputado André Figueiredo (CE), na reunião de hoje, na sede do PDT em Brasília, não foi sequer discutido nomes para serem indicados à presidenta porque não se sabe se Dilma manterá o PDT no comando do Ministério do Trabalho ou o realocará em outra pasta. "A presidenta Dilma é quem vai decidir".
Para fazer a interlocução com o governo e negociar com a presidenta da República a participação no governo e em ministérios, o partido decidiu criar uma comissão composta por Figueiredo, os líderes do partido na Câmara e no Senado, o secretário-geral do partido, Manoel Dias, e o vice-presidente do partido, deputado Brizola Neto (RJ). "A comissão é para fazer a interlocução com o governo, para dar respostas ao governo. O partido tem que ver o que o governo quer do partido", disse Brizola Neto.
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Segundo Figueiredo, o ex-ministro Lupi, presidente licenciado da sigla, renovou sua licença por mais um mês para "descansar" e deve retornar ao comando do partido em janeiro. "Ele foi eleito em março deste ano e tem a confiança de todos no partido".
Apesar do apoio ao governo de Dilma Rousseff, o deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP) fez declarações acusando pessoas do partido da presidenta de influenciar na crise envolvendo o Ministério do Trabalho. "Tem gente do PT que ajudou a organizar essa saída do ministro Lupi". Paulinho da Força também disse que a Comissão de Ética da Presidência da República, que sugeriu a exoneração de Lupi, é "partidarizada".