Pela quarta vez consecutiva, o ex-secretário da Fazenda do governo Lerner Giovani Gionédis não compareceu à Assembléia Legislativa para depor à CPI do Banestado.
De acordo com a rádio CBN, o presidente da CPI, deputado Neivo Beraldin (PDT), disse que entrará com um pedido na 2ª Vara Criminal Federal, para que Gionédis seja convocado judicialmente. A próxima convocação está prevista para a próxima terça-feira, dia 11, e o ex-secretário deve comparecer ao plenarinho da Assembléia escoltado por policiais federais.
Beraldin chegou a receber um ofício remetido por Gionédis, afirmando que ele estaria viajando nesta terça e que sua empregada teria assinado a convocatória. No ofício, Gionédis também teria pedido que seu depoimento fosse marcado entre os dias 11 e 13 de novembro. Entretanto, o presidente da CPI do Banestado afirmou que o envio desse ofício não muda em nada a situação do ex-secretário.
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Beraldin também disse que, se o ex-secretário não comparecer novamente, os deputados que compõem a CPI devem deliberar sobre uma possível convocação do ex-governador Jaime Lerner, para depor no lugar de Gionédis.
Essa foi a terceira vez que Gionédis faltou a seu depoimento após ser noticiado. Em sua primeira convocação, o ex-secretário afirmou que não foi convocado pessoalmente, como exige o Código Penal; na segunda vez, ele compareceu mas, após se desentender com o relator da CPI, deputado Mário Sérgio Bradock (PMDB), abandonou a sessão antes de depor; na terceira convocação, Gionédis também não compareceu.
Como membro do Conselho de Administração do Banestado, o ex-secretário acompanhou todo o processo de privatização, desde a assinatura do compromisso de venda assinado com a União em março de 1998, até a privatização, em setembro de 2000. O Banestado foi vendido para o paulista Itaú por R$ 1,6 bilhão, representando um ágio de 330% sobre o preço fixado inicialmente, de R$ 430 milhões.