O ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, disse neste domingo (23) que determinou ao diretor da Polícia Federal, Paulo Lacerda, a abertura de inquérito policial para investigar as possíveis irregularidades no Instituto de Resseguros do Brasil (IRB). De acordo com a revista Veja desta semana, a autarquia seria obrigada a pagar "mesada" ao Partido Trabalhista Brasileiro (PTB).
A determinação teria vindo do presidente do partido, deputado Roberto Jefferson, que, em troca da indicação para a presidência do Instituto, teria de receber R$ 400 mil por mês.
A reportagem mostra que, em conversa com o ex-presidente do IRB, Lídio Duarte, o deputado Roberto Jefferson teria dito que as despesas do partido eram altas e que precisava da colaboração financeira dos dirigentes de estatais indicados, pelo partido, para seus cargos. Criada em 1939, o IRB movimenta R$ 900 milhões por ano.
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Antes de sua viagem para o Japão e Coréia do Sul, o presidente Luís Inácio Lula da Silva recomendou ao ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, que a investigação do caso de corrupção nos Correios seja feita de forma rigorosa, ampla e impessoal.
O ministro disse que informou ao presidente que a Polícia Federal está cuidando do caso.
Bastos disse acreditar que a percepção das pessoas sobre uma suposta alta na corrupção é apenas resultado do esforço do governo para evitá-la.
Até o momento, o requerimento para a criação da CPI dos Correios conta com 49 assinaturas de senadores (das 41 necessárias) e de 218 assinaturas de deputados (de 171 necessárias).
O nome do presidente do PTB e aliado do governo, Robero Jefferson, é citado nas gravações em que o ex-chefe do Departamento de Contratação e Administração de Material dos Correios, Maurício Marinho, como um dos envolvidos na cobrança de propina a empresários.
Fonte: ABr