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Contra tucanos

PF pede agilidade ao Coaf sobre saque para dossiê

Redação - Bonde
25 set 2006 às 13:09

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A Polícia Federal (PF) se reuniu nesta segunda-feira (25) com o presidente do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), Antônio Gustavo Rodrigues, para pedir agilidade no envio das informações sobre o saque do dinheiro que seria destinado ao pagamento de um dossiê contra políticos do PSDB. A origem da quantia de R$1,7 milhão é um dos principais pontos de investigação da PF e do Ministério Público. As informações são da Agência Brasil.

Desde a semana passada, várias pessoas foram presas e ouvidas pela PF, que aguarda informações sobre a conta e o banco de onde o dinheiro foi sacado. Até o momento, a polícia sabe que o dinheiro saiu de três bancos: Boston, Bradesco e Safra. Segundo a assessoria de imprensa da PF, os investigadores trabalham com várias frentes de possível origem do dinheiro, inclusive de caixa 2 ou de campanha eleitoral.

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O delegado responsável pelas investigações em Cuiabá, Diógenes Curado Filho, passou o fim de semana analisando a documentação reunida até agora, inclusive a fita de vídeo da câmera de segurança do Hotel Íbis, onde Gedimar Passos e Valdebran Padilha foram presos no último dia 15 com o dinheiro. A assessoria da PF informou que o delegado tem a intenção de ouvir Valdebran novamente. Ligado ao PT no Mato Grosso, ele foi acusado de participar das negociações para a venda do dossiê. A PF teria provas de que ele mentiu em seu depoimento na semana passada.

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A PF deve, ainda, ouvir o depoimento de Abel Pereira, empresário ligado a políticos do PSDB, já que um inquérito para investigar o envolvimento dele na compra do dossiê será aberto. O empresário foi citado nos depoimentos de envolvidos no caso. Ele seria uma das peças-chave do esquema e teria participado da liberação de emendas na gestão de Barjas Negri no Ministério da Saúde, quando Fernando Henrique Cardoso era presidente. Negri assumiu a pasta após ter sido secretário-executivo de José Serra, atual candidato ao governo paulista.

A PF informou que Gedimar Passos e Valdebran Padilha, na semana passada, disseram que o dossiê seria comprado por Abel.


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