Preocupado com as queixas das centrais sindicais em relação ao pacote de medidas anunciado pelo governo federal em 29 de dezembro, que mudou regras de pagamento de cinco benefícios trabalhistas e previdenciários - abono salarial, seguro desemprego, seguro defeso, pensão por morte e auxílio-doença, o governo procurou os sindicalistas, nesta quinta-feira, 8. A ideia é marcar uma reunião com eles ainda este mês.
O novo ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Miguel Rossetto, telefonou para os representantes das centrais sindicais para tentar acertar uma data para o encontro, na segunda quinzena de janeiro.
Nesse encontro, Rossetto pretende explicar que "não haverá redução de direitos dos trabalhadores" e que "as medidas têm como objetivo corrigir distorções e assegurar a continuidade das políticas de proteção social".
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Em nota, a Secretaria-Geral informa que na reunião com os sindicalistas, Rossetto "vai esclarecer e discutir com os dirigentes as medidas sobre Previdência Social, seguro desemprego e seguro defeso". Segundo a nota, o ministro disse ainda que "o compromisso do governo é com a manutenção dos direitos, valorização do salário mínimo e com o diálogo permanente".
O anúncio das medidas do final de dezembro foi feito pelo ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, depois de uma conversa com as centrais sindicais. Mesmo assim, houve muitas reclamações.
No dia da posse, presidente da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), Antonio Fernandes dos Santos Neto, questionou por que o governo estava começando os cortes com medidas que atingiam os trabalhadores, considerando que a presidente tinha dito que não ia mexer com os benefícios dos trabalhadores, "nem que a vaca tussa". E emendou: "a vaca não tossiu, mas pigarreou".